domingo, 15 de maio de 2016

RS: Sete escolas estaduais são ocupadas por alunos no Rio Grande do Sul

15/05/2016 13h08 - Atualizado em 15/05/2016 13h14

São cinco instituições em Porto Alegre e duas em Rio Grande, diz secretaria.

Na capital, Paula Soares é a última escola a ter uma mobilização de alunos.

Dayanne RodriguesDa RBS TV
Ocupação teve integrante de entidade preso dentro do Colégio Júlio de Castilhos, em Porto Alegre (Foto: Dayanne Rodrigues/RBS TV)Ocupação teve integrante de entidade preso dentro do Júlio de Castilhos (Foto: Dayanne Rodrigues/RBS TV)
O Rio Grande do Sul tem na manhã desde domingo (15) sete escolas públicas estaduais ocupadas por alunos, que reivindicam melhorias nas condições de ensino e contratação de novos profissionais. Segundo a Secretaria Estadual de Educação, são cinco instituições em Porto Alegre e duas em Rio Grande, no Sul do estado.
Na capital, a última escola a ter uma mobilização de alunos é a Paula Soares, no Centro. Também são registradas ocupações nas escolas Júlio de Castilhos, Padre Réus, Afonso Emílio Massot e Agrônomo Pedro Pereira, em Porto Alegre, além de Juvenal Miller e Bibiano de Almeida, em Rio Grande.
Um integrante de uma entidade que presta apoio à Escola Estadual Júlio de Castilhos conta ter ficado preso no prédio por cerca de duas horas na manhã deste domingo (15). Vice-presidente da Fundação de Apoio ao Colégio Estadual Júlio de Castilhos, Marciano Renan Lisbôa da Silva afirma que os estudantes não liberaram a saída dele do prédio. "Fiquei constrangido", lamentou.
Marciano disse que foi à escola para entregar uniformes para a apresentação de uma banda, evento que acabou sendo cancelado devido àchuva que atinge a capital gaúcha. No entanto, quando tentou sair, os alunos que fazem a ocupação o pediram documentos para checar sua identidade. Ofendido, ele recusou, e teve a saída impedida.
A Brigada Militar foi acionada, mas, de acordo com o 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM), a situação foi solucionada antes da chegada dos policiais. Marciano, porém, disse só ter sido liberado na presença dos PMs.
Greve do magistério
Na última sexta-feira (13), professores da rede pública estadual decidiram entrar em greve em assembleia geral realizada em Porto Alegre. De acordo com o CPERS/Sindicato, que representa a categoria, a paralisação não tem tempo determinado. Durante o evento, foi determinado que a entidade apoia "toda a forma de luta da comunidade escolar", incluindo ocupações.
A classe pede um reajuste salarial imediato de 13,01%, referente a 2015, e 11,36%, em relação a 2016. Durante a assembleia, foi elaborado um calendário de implantação do piso nacional do magistério, que segundo o sindicato está defasado em 69,44%.
Por meio de nota, o governo estadual disse considerar "fundamental" que as aulas sejam mantidas regularmente. Em relação às ocupações, o governo pede que o acesso dos professores e alunos às escolas seja preservado. O texto conclui afirmando que a Secretaria da Educação terá "postura de diálogo transparente e respeitoso com toda a comunidade escolar gaúcha".

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