quarta-feira, 1 de junho de 2016

Santa Maria/ RS: Conheça a funcionária pública que começou na faxina do Husm

Camobi01/06/2016 | 06h31Atualizada em 01/06/2016 | 06h31

Dona Pedrolina Barboza Marques, 68 anos, esbanja simpatia e bom humor

Conheça a funcionária pública que começou na faxina do Husm Dandara Flores Aranguiz/Agência RBS
Foto: Dandara Flores Aranguiz / Agência RBS
Dandara Flores Aranguiz
Dandara Flores Aranguiz
Aos 68 anos, Pedrolina Barboza Marques esbanja simpatia e bom humor. A funcionária pública da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) é conhecida por nunca deixar a peteca cair, mesmo em situações adversas. 

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Dona Lina, como é conhecida, iniciou suas atividades no instituição federal em 1982. Na época, ela foi convidada por um tio, que era mestre de obras da UFSM, a ajudar na limpeza do Husm, que estava sendo inaugurado no campus de Camobi

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– Precisava limpar para a inauguração. Nós éramos em 350 fazendo faxina, sem receber nada, tudo voluntariado. Depois daquela semana, contrataram 50. E meu nome estava lá – conta ela, acrescentando que trabalhou como faxineira em várias firmas e em casas de famílias antes de começar a atuar no Husm.  

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Depois de ficar 13 anos na limpeza do hospital, Pedrolina trabalhou no Arquivo e no setor de Hemato-Oncologia. Quando o prédio da Turma do Ique, ao lado do Husm, ficou pronto,  há seis anos, lá foi ela ajudar no trabalho com as crianças.

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– Elas precisam de mim, e eu preciso delas. Eu chego às 13h e saio às 19h. Lá, eu faço de tudo, sou serviços gerais. Só não atendo de médica, o resto tudo eu faço, e adoro. Pretendo ficar até os 70 anos trabalhando. Se eu estou bem, por que vou ficar em casa? – brinca. 

Viúva, Pedrolina tem quatro filhos, 11 netos e seis bisnetos. E um coração imenso, para caber todo mundo. A moradora do bairro São João, realiza, há 32 anos, uma festa beneficente para as crianças da comunidade. E a ajuda vem de todos os lados. A festa de Cosme e Damião, realizada sempre no final de setembro, começa pela manhã e vai até a tardinha, com brincadeiras, almoço, bolo e distribuição de doces. 
– Eu atendo até os cachorros da rua. Hoje mesmo, estou com um operadinho lá em casa, que foi atropelado. Como é que eu vou deixar um ser todo quebrado no chão, sofrendo? Quem aparece na minha frente, eu ajudo. Deus vai me dar em dobro em saúde, depois – relata.
Recentemente, sua filha Jose, de 35 anos, descobriu que tem leucemia. A doença é encarada com muita fé: 
– Foi Deus quem nos deu essa provação, mas eu tenho fé e sei que ela vai ficar bem. Já estamos tirando de letra. Estou cercada de pessoas boas e dos melhores médicos aqui no hospital.
De onde ela tira tanta alegria? 
– Deus. Ele está comigo – diz.

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