Funcionários foram surpreendidos ao chegarem para trabalhar nesta quarta.
Presidente da Venezuela morreu na terça-feira (5) após lutar contra câncer.
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Muitas empresas de Caracas não abriram suas portas nesta quarta-feira (6), um dia após o anúncio da morte do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. "Muitas pessoas tiveram de voltar dos seus trabalhos", disse um motorista de ônibus que percorre a zona de Mariches. Ele disse que muitas pessoas foram trabalhar vestindo roupas vermelhas como forma para homenagear o presidente, mas tiveram de voltar para casa depois de encontrarem as empresas fechadas.
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Um dos trabalhadores é o pedreiro Elio Cabello. Ele disse que não conseguiu dormir. "Não sabemos como o país vai ficar. Isso é muito difícil", disse. Cabello afirmou confiar nos porta-vozes do governo, mas não confia no ex-governador de Miranda com quem compartilha o sobrenome, Diosdado Cabello. "Eu vivo há 14 anos em Petar e tudo o que ele fez foi roubar enquanto foi governador", afirmou.
Do sistema de teleféricos inaugurado há três meses, que liga a comunidade de Petaro, onde vivem mais de um milhão de pessoas, com Mariches, se pode ver centenas de cidadão descendo para a cidade, e muito poucos subindo.
Isto, segundo Elio, é um grande resultado das ações do governo. "Antes levava até três horas para chegar em casa, agora a viagem dura 20 minutos."
O vendedor Ramón Ortiz disse que as vendas caíram nesta quarta-feira. "É pela morte de Chávez, as pessoas ficam em casa", justifica.
O motorista José Baptista, que no final da manhã já tinha atravessado vários bairros de Caracas, disse que tudo está calmo, e que os rumores de que poderiam haver saques às lojas não se confirmaram. "Não tivemos este tipo de revolta por aqui, está tudo tranquilo", disse. "É possível ver a tristeza de muita gente. Outros estão felizes. Mas nada de saques."
Noite agitada
Alguns protestos foram realizados na noite desta terça-feira (5) no município Chacao, em Caracas, reduto forte de oposição na Venezuela, ´poucas horas depois do anúncio oficial da morte do presidente Chávez. Por volta das 20h locais (18h30 no horário de Brasília), um grupo mobilizado com bandeiras e palavras de ordem a favor de Chávez lançou colchões, barracas e pedaços de trilhos de alumínio nas ruas, que até algumas horas antes pertenciam a um grupo de estudantes que protestavam do governo venezuelano.
Alguns protestos foram realizados na noite desta terça-feira (5) no município Chacao, em Caracas, reduto forte de oposição na Venezuela, ´poucas horas depois do anúncio oficial da morte do presidente Chávez. Por volta das 20h locais (18h30 no horário de Brasília), um grupo mobilizado com bandeiras e palavras de ordem a favor de Chávez lançou colchões, barracas e pedaços de trilhos de alumínio nas ruas, que até algumas horas antes pertenciam a um grupo de estudantes que protestavam do governo venezuelano.
O pedreiro Elio Cabello não foi trabalhar nesta quarta-feira (Foto: Leo Campos)
O motorista de táxi José Baptista (Foto: Leo Campos)
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