quinta-feira, 7 de março de 2013

Contagem/MG: Ex de Bruno volta e diz ter medo de suspeito após fala de goleiro em júri


07/03/2013 10h48 - Atualizado em 07/03/2013 11h21

Nesta quinta-feira (7) ocorrem os debates entre acusação e defesa. 

Sentença deve ser proferida ainda nesta quinta. 

Rosanne D'AgostinoDo G1, em Contagem (MG)
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Dayanne Rodrigues é julgada no Fórum de Contagem (Foto: Pedro Cunha/G1)Dayanne Rodrigues é julgada no Fórum de Contagem (Foto: Pedro Cunha/G1)
A ex-mulher do goleiro Bruno Fernandes, Dayanne Rodrigues, pediu para ser ouvida novamente nesta quinta-feira (7) no júri popular pela morte de Eliza Samudio para dizer que tem medo de José Lauriano, policial aposentado chamado de Zezé, investigado como suspeito de participação na morte de Eliza Samudio. Bruno e de Dayanne são julgados no Fórum deContagem, em Minas Gerais, desde segunda-feira (4).
Dayanne pediu para esclarecer pontos de seu interrogatório, que foi feito na terça-feira (5). Ela havia dito que Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e o goleiro Bruno Fernandes de Souza pediram que ela mentisse e negasse que Bruninho estava com ela.
Na nova fala, Dayanne afirmou que recebeu uma ligação do policial Zezé, em que ele dizia que Macarrão já o tinha avisado de que ela estava com o bebê e que a orientou a não comparecer com a criança na delegacia de polícia. "Eu senti medo naquele momento, tanto quanto estou sentindo agora, ainda mais depois que o Bruno falou ontem", disse.
(Acompanhe no G1 cobertura completa do julgamento do caso Eliza Samudio, com equipe de jornalistas trazendo as últimas informações, em tempo real, de dentro e de fora do Fórum de Contagem, em Minas Gerais. Conheça os réus, entenda o júri popular, relembre os momentos marcantes e acesse reportagens, fotos e infográfico sobre o crime envolvendo o goleiro Bruno.)
Nesta quinta-feira ocorrem os debates em que acusação e defesa apresentam suas argumentações para tentar condenar ou absolver os réus.
O primeiro a expor seus argumentos será o promotor Henry Castro, que terá duas horas e meia de fala. Em seguida, os advogados dos réus também terão duas horas e meia no plenário. Se o promotor pedir réplica, de duas horas, a defesaa automaticamente tem direito à tréplica, de duas horas.

Após os debates, o Conselho de Sentença se reúne para decidir o veredicto, se os réus serão condenados ou absolvidos.
Bruno é acusado de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima); sequestro e cárcere privado de Bruninho e ocultação de cadáver. Já Dayanne responde pelo sequestro e cárcere privado de Bruninho.

Terceiro dia
O goleiro Bruno Fernandes de Souza disse nesta quarta-feira (6) que aceitou o fato de que Eliza Samudio havia sido assassinada a mando do amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, sem tomar qualquer atitude e sem denunciar os envolvidos no crime. "Como mandante, dos fatos, não, eu nego. Mas de certa forma, me sinto culpado", afirmou o atleta. "Eu não sabia, eu não mandei, excelência, mas eu aceitei", disse à juíza Marixa Rodrigues.
O interrogatório do jogador começou por volta das 14h e terminou perto de 20h15 no Fórum de Contagem. Ele respondeu a todas as perguntas feitas pela juíza e por seu advogado, além de pelo menos 30 questões formuladas pelos jurados. Bruno, no entanto, permaneceu calado ao ser questionado pela Promotoria e por Ércio Quaresma, advogado de policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola.

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