terça-feira, 23 de abril de 2013

Guaporé/RS: Procurador promete ajudar mãe a trazer filho do Uruguai para o RS


22/04/2013 21h30 - Atualizado em 22/04/2013 21h32

Alexandre Schneider fez contato com Alessandra Spiller nesta segunda.

Mãe tenta trazer de volta o filho de quatro anos sequestrado pelo pai.

Do G1 RS
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O Procurador da República Alexandre Schneider vai tentar agilizar o retorno ao Brasil do menino de quatro anos levado para Montevidéu, no Uruguai, durante uma tentativa de sequestro executada pelo próprio pai. Ele entrou em contato com a família na tarde desta segunda-feira (22).
Natural de Guaporé, na serra gaúcha, a mãe da criança, Alessandra Spiller, está em Montevidéu há uma semana à espera da permissão para voltar ao Brasil com o filho. O feriado nacional no Uruguai nesta segunda-feira (22) atrasou ainda mais a volta para casa da mãe e filho.
Alessandra e o filho estão com os documentos retidos pelas autoridades locais. A justiça uruguaia ainda não anunciou a data da audiência, que deve ser marcada nos próximos dias. Mesmo que o sequestro tenha sido confirmado pelas autoridades brasileiras e até pela Interpol, a policia internacional, Alessandra e o filho dependem da decisão de um juiz uruguaio para que possam voltar para casa.
O pai da criança, de nacionalidade italiana, também permanece preso no Uruguai. Ele sequestrou o filho em Guaporé no último dia 13 e cruzou a fronteira de Carro. De Montevidéu, ele pretendia embarcar com o menino para a Itália. Acabou preso pela Interpol em um hotel.
O caso
Alessandra e o ex-marido se conheceram na Itália. Com a crise europeia, em fevereiro do ano passado, o casal decidiu voltar a viver no Brasil. Os dois se separaram pouco depois e, desde então, o pai do garoto vinha ameaçando levá-lo. Também fazia outras ameaças, como matar a família inteira, segundo Alessandra.
Após a separação, o ex-marido chegou a ir embora para a Itália duas vezes. Mas em dezembro passado voltou e retomou as visitas, permitidas pela Justiça desde que o passaporte dele ficasse retido no Conselho Tutelar. A mãe cumpriu o que o juiz determinou, mas garante que já pressentia que alguma coisa poderia acontecer.
No ultimo fim de semana, quando o filho não foi devolvido no horário combinado, Alessandra foi ao hotel onde o pai da criança morava. Foi quando descobriu que o quarto estava vazio e que ele havia fugido com a criança. Desesperada, procurou imediatamente a polícia.
A partir daí as autoridades brasileiras foram acionadas. Um alerta foi disparado pela Interpol. O carro alugado que o pai dirigia foi rastreado, assim como os cartões de crédito, o que foi determinante para definir a rota de fuga do homem, que acabou preso três dias depois.

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