sábado, 9 de abril de 2016

JOL (Esportes): Inter mostra mais eficiência na reta final da primeira fase do Gauchão

Melhorou08/04/2016 | 07h09Atualizada em 08/04/2016 | 07h09

Equipe comandada por Argel trocou mais passes, usou menos bolas longas e fez mais gols nos últimos jogos

Inter mostra mais eficiência na reta final da primeira fase do Gauchão Fernando Gomes/Agencia RBS
Foto: Fernando Gomes / Agencia RBS
Os 11 gols marcados pelo Inter contra o Novo Hamburgo, Brasil-Pel e Glória – marca que corresponde a 46% de um total de 24 gols feitos no Gauchão – evidenciam mais do que a efetividade dos atacantes. O time de Argel Fucks conseguiu desenvolver um sistema de jogo, ampliou as oportunidades de gol e as trocas de passes, além de parar de apostar em jogadas pela lateral. Se antes os jogadores colorados apostavam em cruzamentos para a área, nos últimos jogos, passaram a trabalhar mais pelo meio do campo.
O retorno do volante Fernando Bob ao time, após um mês afastado por lesão muscular, explica o aumento do repertório no centro do campo. O jogador com o terceiro melhor passe e o terceiro melhor desarme do Inter devolveu a qualidade à saída de bola da equipe de Argel. Anderson e Andrigo, os articuladores, passaram a receber a bola no chão e não em lançamentos oriundos dos pés de Paulão ou Ernando. Nos 4 a 1 diante do Brasil-Pel, por exemplo, o Inter acertou 614 trocas de bola, com 20 assistências para gol, e apenas 10 bolas longas.
– O Inter aumentou o repertório de jogadas pelo meio. Antes, era um Cruzamento Futebol Clube. Buscava só o lado, facilitando a marcação e tornando o seu futebol óbvio. Era um monólogo. Com a volta de Vitinho, que vem atrás dos volantes e puxa a atenção de no mínimo dois marcadores, orientados a bloquear seus chutes, os espaços se abriram. A volta de Fernando Bob, qualificando a saída com os zagueiros, também ajudou para o Inter usar o campo todo e, assim, desarrumar as linhas defensivas de Noia, Xavante e Glória – resume o colunista de Zero Hora Diogo Olivier.
O analista tático de ZH André Baibich destaca a movimentação coordenada do ataque do Inter nas três goleadas contra o individualismo dos jogos anteriores. Vitinho, que balançou as redes nos jogos em que os colorados obtiveram um placar elástico, chegou a atingir a marca de 686 minutos sem marcar. Agora, escalado como um falso 9, os demais atletas – Sasha, Andrigo, Anderson e, por vezes, Aylon –, têm acompanhado seus deslocamentos.
– Ele recuava, recebia e não tinha opções de passe, o que o obrigava a partir para o lance individual. Se ele já tende a exagerar no uso dos dribles, imagine quando passar pelo adversário é a última opção que lhe resta? Com um ataque mais movediço, Vitinho e o Inter tornam-se menos previsíveis — avalia Baibich.

OS NÚMEROS DO INTER

PASSES

• Inter 4x1 Brasil-Pel: 614
• Inter 1x1 São Paulo: 303

ASSISTÊNCIAS

• Inter 4x1 Brasil-Pel: 23
• Inter 1x1 São Paulo: 9

CRUZAMENTOS

• Inter 4x2 Novo Hamburgo: 19
• Inter 1x2 Veranópolis: 38

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