terça-feira, 19 de abril de 2016

Santa Maria / RS: "Ela foi vítima da impunidade", diz pai de perita do IGP morta em Caxias

Violência18/04/2016 | 19h38Atualizada em 18/04/2016 | 19h48

Familiares de Márcia Regina Pazetto Morais, morta em assalto, estão na cidade para missa de sétimo dia

"Ela foi vítima da impunidade", diz pai de perita do IGP morta em Caxias Facebook/ Reprodução/
Mulher foi abordada quando chegava à casa de uma amigaFoto: Facebook/ Reprodução
Pioneiro
Ainda tentando assimilar a perda repentina da filha durante um suposto assalto, Dario Morais, 66 anos, desabafou nesta segunda-feira sobre o crime que tem mobilizado a polícia de Caxias do Sul.

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Para ele, Márcia Regina Pazetto Morais, 38 anos, foi vítima da impunidade no Brasil. A mulher morreu com um tiro no rosto e foi deixada no próprio carro após ter sido atacada na Rua Bento Gonçalves, no Centro, por volta das 23h de 11 de abril. Apesar de ter uma linha de investigação, a polícia não tem suspeitos presos.

Morais mora em Santa Maria, mas está em Caxias com familiares para a missa de sétimo dia de Márcia, que ocorre nesta terça-feira, às 18h30min, na Igreja dos Capuchinhos.

— Os policiais deveriam ter o direito de primeiro atirar e depois perguntar. Enquanto essa realidade não mudar, vamos continuar nos fechando em casa. A impunidade corre solta entre os marginais — desabafa.

A família não acredita que ela tenha reagido à abordagem.

— Ela estava no auge, vendendo alegria. Às vezes me revolto, mas também fico feliz por saber que ela tinha tantos amigos aqui — lembra o pai. 

Márcia foi sequestrada quando esperava por uma amiga dentro de um carro. Imagens de câmeras de segurança mostram que ao menos quatro criminosos estão envolvidos na morte. Três deles desembarcaram de um Uno branco, que havia estacionado atrás do carro de Márcia. Em seguida, o trio entrou no carro da vítima e levou-a para rumo ignorado. 

O corpo da mulher foi localizado na manhã seguinte, em uma estrada de São Giácomo, interior da cidade. A Polícia Civil investiga dois veículos semelhantes aos que aparecem nas imagens. O caso é tratado como latrocínio, já que a arma da vítima não foi encontrada. 

— Eu confio na polícia. Sei que estão fazendo o seu trabalho — afirma o pai.

Márcia era natural de Santa Maria, mas vivia em Caxias havia 15 anos. Atuava como papiloscopista do Instituto Geral de Perícias (IGP) e professora na Escola Estadual de Ensino Médio Galópolis. Ela também era ex-policial militar.

O delegado Mário Mombach diz que o IGP está tentando antecipar o resultado dos laudos periciais para acelerar a investigação.

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