Técnico tem apenas uma vitória em quatro jogos contra catarinenses à frente do Inter, enquanto clube gaúcho mostra dificuldades quando enfrenta o adversário de domingo
Argel só venceu um catarinense pelo Inter em 2015 (Foto: Agência Estado)
Nada melhor do que uma, ou melhor, "duas pedras no sapato" para Argel mostrar que o sistema defensivo do Inter é forte como demonstrou no Gauchão. E, de quebra, colocar o time entre os postulantes ao Brasileirão. O retrospecto do treinador contra os catarinenses e a dificuldade do Colorado frente ao Chapecoense, adversário deste domingo, serão postos à prova na primeira rodada da competição.
Apesar de vir do Figueirense, o técnico mostrou dificuldades justamente contra os times de Santa Catarina durante o Nacional de 2015. Nos quatro jogos do ano passado, Argel venceu uma, empatou outra e perdeu duas, o que dá um aproveitamento de apenas 33%. O levantamento não considera a vitória por 3 a 0 sobre o Avaí, pela Primeira Liga, em 2016.
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Seu primeiro revés ocorreu diante do Avaí, quando levou 3 a 0 na Ressacada. Contra o Figueirense, nem mesmo todo o conhecimento do ex-time e o Beira-Rio a favor o fizeram sair com os três pontos. Frente à Chapecoense, derrota por 1 a 0. Só superou o Joinville, quando ganhou por 1 a 0.
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O rival na abertura do Nacional, aliás, é sinônimo de preocupação para os colorados. Desde que voltou à primeira divisão, em 2014, só perdeu para o Inter em uma oportunidade – naquele mesmo ano, por 2 a 0, em Caxias do Sul. Depois, a Chape aplicou a goleada histórica por 5 a 0, quando Dida acabou expulso e Rafael Moura precisou acabar o jogo no gol – o que serviu para Alisson assumir a titularidade a partir do duelo seguinte e nunca mais sair.
AVAÍ 3 X 0 INTER
INTER 1 X 1 FIGUEIRA
INTER 1 X 0 JOINVILLE
No ano passado, ainda no primeiro turno, o empate em 0 a 0 no Beira-Rio pôs fim à "Era Diego Aguirre". E Argel acabou derrotado no segundo turno. O técnico admite que a Chape é complicada e pede atenção para o time iniciar com os três pontos:
– (O jogo com a Chapecoense) Será duro. Sei que é difícil. Sempre foi. Ganhou do Grêmio os dois jogos. Do Inter, ganhou lá e empatou aqui. Os mesmos três pontos valem contra a Chape e contra o Corinthians, Palmeiras, nosso rival. Precisamos jogar a primeira rodada como se fosse a última – afirmou Argel ao quadro "Chimarrão do Brito", da RBS TV.
Até por isso, o Inter se cerca de todos os cuidados. Anselmo, trazido do Joinville, sequer foi inscrito no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF. No entanto, já ganhou atribuições. Com conhecimento do rival, virou espião e passou os segredos logo em sua chegada ao Beira-Rio.
Uma vitória serviria para quebrar o estigma. Ainda ajudaria a largar bem no Brasileirão. O título, o qual o Colorado não conquista desde 1979, é uma obsessão. Nos últimos anos, o time sempre foi colocado como um dos favoritos, mas seguiu em branco. Dessa vez, o próprio Argel tratou de rechaçar a alcunha. Ele prefere manter o discurso da humildade para lutar pelo objetivo:
– Não queremos ser favoritos, mas ganhar. Faz 37 anos que o Inter é favorito. Não queremos isso. Não éramos no Gauchão. Só a tradição e camisa não ganharão jogos.
CHAPE 5 X 0 INTER
INTER 0 X 0 CHAPE
CHAPE 1 X 0 INTER
Para o duelo deste final de semana, Argel ainda terá Alisson. Negociado com o Roma, o capitão chegou a se despedir do clube, mas se colocou à disposição e estará em campo. Vitinho, que ficou fora da decisão do Gauchão contra o Juventude, volta ao time e formará dupla de ataque com Eduardo Sasha.
O Inter começa a caminhada rumo ao tetra do Brasileirão neste domingo, às 18h30, diante da Chapecoense no Beira-Rio. A equipe deve ter: Alisson; William, Paulão, Ernando e Artur; Fernando Bob, Fabinho, Andrigo, Anderson (Gustavo Ferrareis) e Eduardo Sasha; Vitinho.
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