quarta-feira, 18 de maio de 2016

Professor Zé Rilho (Filosofia): PRINCIPAIS PENSADORES SOFISTAS: PLATÃO

Professor Zé Rilho (Sociologia / Filosofia)


PLATÃO

Aos vinte anos, Platão travou relação com Sócrates - mais velho do que ele quarenta anos - e gozou por oito anos do ensinamento e da amizade do mestre. Platão, ao contrário de Sócrates, interessou-se vivamente pela política e pela filosofia política. Voltando para Atenas, Platão dedicou-se inteiramente à especulação metafísica, ao ensino filosófico e à redação de suas obras, atividade que não foi interrompida a não ser pela morte.
Como já em Sócrates, assim em Platão a filosofia tem um fim prático, moral: é a grande ciência que resolve o problema da vida. Platão estende tal indagação ao campo metafísico e cosmológico, isto é, a toda a realidade. Deve, logo, existir, além do fenômeno, um outro mundo de realidades, objetivamente dotadas dos mesmos atributos dos conceitos subjetivos que as representam. Essas realidades chamam se Ideias.
As ideias não são, pois, no sentido platônico, representações intelectuais, formas abstratas do pensamento, são realidades objetivas, modelos e arquétipos eternos de que as coisas visíveis são cópias imperfeitas e fugazes. Assim a ideia de homem é o homem abstrato perfeito e universal de que os indivíduos humanos são imitações transitórias e defeituosas.
O sistema metafísico de Platão centraliza-se e culmina no mundo divino das ideias; e essas se contrapõem a matéria obscura e incriada. Entre as ideias e a matéria estão o Demiurgo e as almas, através de que desce das ideias à matéria aquilo de racionalidade que nesta matéria aparece. Desta forma pretende a distinção entre um sistema filosófico dialético no qual as ideias representam a realidade das coisas e estão presentes no mundo das ideias, enquanto, a realidade é a aparência ou mera cópia da realidade conhecida primeiramente no mundo das ideias, de onde provinham todas as almas.
Em filosofia política, na sua obra “República”, Platão desenvolve a ideia do rei filósofo, ou seja, o domínio político da cidade exercido pelo filósofo que é o que possui mais conhecimento e melhor discernimento. Ainda é encontrada nessa obra a célebre alegoria da caverna que remete a prisioneiros de uma caverna que não conseguem enxergar a realidade ao redor, uma comparação aos domínios políticos e ideológicos que cerceiam
a verdade.

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