17º homicídio10/05/2016 | 12h26Atualizada em 10/05/2016 | 13h46
O modo como os criminosos agiram e o fato de o beco ter sido alvo da facção levantam as suspeitas
Naiôn Curcino
As investigações sobre o 17º homicídio registrado em Santa Maria ainda estão em fase inicial. O titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Desaparecidos (DHD), Gabriel Zanella, evita entrar em detalhes devido à complexidade do caso que envolve a morte de Flávio Flores Barcelo, 18 anos, e a tentativa de homicídio de dois outros homens, na madrugada desta terça-feira, no Beco da Tela, na Vila Schirmer, no bairro João Goulart, região nordeste da cidade.
No entanto, o modo como ocorreu a execução - com os criminosos se passando por policiais - e o fato do crime ter sido no Beco da Tela levam o titular da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec), Sandro Meinerz, a acreditar que o crime tenha relação com a facção Bala na Cara.
Isso porque, no ano passado, uma investigação da Defrec descobriu que a facção, por intermédio de José Carlos dos Santos, o Seco, e Edson Marcos Silva da Rosa, tentou tomar o Beco para dominar o tráfico de drogas em Santa Maria. Além disso, em 16 de março, André Renato Martins de Souza, 38 anos, foi morto dentro de casa, no bairro Nova Santa Marta, quando homens se identificando como policiais invadiram sua casa. A investigação da DHD apontou que os autores eram da facção e o mataram por uma dívida por drogas.
O delegado Meinerz ventila a possibilidade de que o crime desta terça-feira também tenha relação com alguma dívida do tráfico da época em que o grupo tentou tomar o Beco.
– Existe essa suspeita. O modus operandi foi o mesmo e há um indicativo muito forte que seja pessoas daquele bando. Essa característica deles de usarem muita violência é marcante. Não temo como dizer com 100% de certeza, mas tudo indica que tenha relação com a questão da tomada do Beco daquela vez – explica.
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