quarta-feira, 13 de julho de 2016

Professor Zé Rilho (Filosofia): FILOSOFIA MEDIEVAL

Professor Zé Rilho (Sociologia / Filosofia)


Esse período é marcado pelo desenvolvimento do cristianismo que ultrapassa a condição de seita judaica, pelos ideais de caridade e pelo apoio fornecido às pessoas da época. O cristianismo vai ganhando destaque.

Passa a ser implementada no final do império romano como religião oficial. Desta forma, durante um grande período da história da humanidade, denominado Idade Média a religião é considerada a grande fonte ideológica. Todas as formas de conhecimento estavam ou ligadas à Igreja Católica ou determinadas por esta.

Nesse período, a filosofia perde um pouco de suas características reflexivas e inovadoras e passa a ser auxiliar da teologia.

Entende-se por teologia o estudo das manifestações religiosas dentro de uma cultura.

A filosofia não poderia contradizer o que era determinado pela teologia e pela religião de maneira geral.

Dois períodos dentro da filosofia medieval se destacam, são eles a patrística e a escolástica.

Patrística – período compreendido entre os séculos II e VIII da era Cristã. Este período da cultura cristã é designado com o nome de Patrística e representa o pensamento dos Padres da Igreja, que são os construtores da teologia católica, guias, mestres da doutrina Cristã. O pensamento grego é muito diferente do pensamento cristão herdado da cultura judaica, desta forma, seria necessário uma adaptação dos principais conceitos e ideias, de forma que os gregos pudessem compreender as bases do pensamento cristão. Elementos como criação, bem, mal, pecado, inferno entre outros, eram desconhecidos dos gregos, uma vez que estes
eram politeístas e possuíam outros princípios.

Dentre os pensadores desse período destaca-se Santo Agostinho. Ele desenvolve os conceitos de salvação, mal, pecado, livre-arbítrio.

Escolástica – A Escolástica representa o último período do pensamento cristão, que vai do começo do século IX até o fim do século XVI, isto é, da constituição do sacro romano império bárbaro, ao fim da Idade Média, que se assinala geralmente com a descoberta da América (1492). Este período do pensamento cristão se designa com o nome de escolástica, porque era a filosofia ensinada nas escolas da época, pelos mestres, chamados, por isso, escolásticos. As matérias ensinadas nas escolas medievais eram representadas pelas chamadas artes liberais, divididas em trívio - gramática, retórica, dialética - e quadrívio - aritmética, geometria, astronomia, música. A escolástica surge, historicamente, do especial desenvolvimento da dialética. Santo Tomás de Aquino é o pensador de mais destaque da dialética. Para Tomás de Aquino, porém, converge diretamente o pensamento helênico, na sistematização imponente de Aristóteles. O pensamento de Aristóteles chega a Tomás de Aquino enriquecido com os comentários
pormenorizados, especialmente de pensadores árabes.

A metafísica tomista pode-se dividir em geral e especial. A metafísica geral - ou ontologia - tem como objeto o ser em geral e as atribuições e leis relativas. A metafísica especial estuda o ser em suas grandes especificações: Deus, o espírito, o mundo. Daí temos a teologia racional - assim chamada, para distingui-la da teologia revelada; a psicologia racional (racional, porquanto é filosofia e se deve distinguir da moderna psicologia empírica, que é ciência experimental); a cosmologia ou filosofia da natureza (que estuda a natureza em suas causas primeiras, ao passo que a ciência experimental estuda a natureza em suas causas segundas).

Até a próxima aula!

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