30/12/2011 17h36
- Atualizado em
30/12/2011 18h49
Indiciado negou crimes à polícia e calou-se diante da imprensa.
Polícia diz que tem provas irrefutáveis; pena pode chegar a 93 anos.

arma calibre 36 era usada como forma de ameaça
(Foto: Felipe Néri / G1)
Um padre da Igreja São Francisco de Assis foi preso preventivamente
nesta sexta-feira (30) suspeito de abusar sexualmente de seis crianças
da comunidade rural do Tororó, no Jardim Botânico, Distrito Federal. As
vítimas seriam quatro meninas e um menino da mesma família, além de mais
uma menina vizinha a esses irmãos.
O padre negou à polícia que tenha cometido os crimes e calou-se diante
dos questionamentos da imprensa. A assessoria de imprensa da
Arquidiocese de Brasília informou que não vai se pronunciar, mas que os
advogados da entidade estão acompanhando o caso.
De acordo com a polícia, o padre tem relação próxima com a família das
vítimas. Os crimes teriam sido cometidos na igreja, na casa do padre e
na casa das vítimas ao longo do último ano. Uma arma calibre 36 foi
encontrado na casa do indiciado. Segundo a polícia, a arma seria usada
para ameaçar as vítimas.
As investigações policiais começaram há três semanas, após a denúncia
feita pela mãe dos irmãos abusados. "Temos provas irrefutáveis de que
ele praticou o abuso", declarou o diretor-geral da Polícia Civil, Onofre
de Moraes. Se for condenado, o suspeito pode cumprir pena de 15 anos
pelo abuso contra cada criança mais três anos pelo porte de armas,
resultando em 93 anos de pena máxima.
O padre está preso no Departamento de Polícia Especializada (DPE) e
deve ser enviado ao complexo penitenciário da Papuda na próxima semana,
onde permanecerá até o seu julgamento.
Segundo a polícia, no momento da prisão, o suspeito dormia com a
secretária de uma igreja onde ele havia atuado antes. Natural do Ceará,
ele foi ordenado padre em 1993. Antes da Igreja São Francisco de Assis,
onde o indiciado esteve por dez anos, foi pároco da Igreja São Camilo,
na 303 Sul.
De acordo com a delegada-chefe da Delegacia Especial de Proteção à Criança e ao Adolescente, Valéria Martirena, os pais devem conversar com seus filhos sobre os cuidados para evitar o abuso sexual. “Muitas vezes a criança não têm noção nem ideia de que aquilo que está sofrendo se trata de crime sexual”, disse a delegada.
De acordo com a delegada-chefe da Delegacia Especial de Proteção à Criança e ao Adolescente, Valéria Martirena, os pais devem conversar com seus filhos sobre os cuidados para evitar o abuso sexual. “Muitas vezes a criança não têm noção nem ideia de que aquilo que está sofrendo se trata de crime sexual”, disse a delegada.
Os telefones para denúncia de abuso sexual contra criança são 197 e (61) 3361-1048, além do Disque 100.
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