04/02/2012 09h31
- Atualizado em
04/02/2012 11h40
Desde quinta-feira, confrontos deixaram nove pessoas mortas.
Ministério da Saúde do país divulgou um balanço com 2.532 feridos.
Manifestantes e policiais voltaram a protagonizar confrontos na manhã
deste sábado diante da sede do ministério do Interior no Cairo, no
terceiro dia de confrontos após a morte de 74 pessoas depois de uma
partida de futebol em Port Said, norte do Egito.
Manifestantes durante confronto com a polícia neste sábado no centro do Cairo. (Foto: Khalil Hamra/AP)
Os manifestantes atiravam pedras contra os agentes, que respondiam com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo.
Desde quinta-feira (2), os confrontos provocaram as mortes de nove
pessoas, três no Cairo e seis em Suez, cidade portuária no Canal de
mesmo nome, ao leste da capital.
Forças de segurança durante confronto neste sábado no Cairo. (Foto: Khalil Hamra/AP)
Algumas vítimas morreram asfixiadas pelo gás lacrimogêneo.
Além disso, cinco pessoas ficaram feridas em confrontos em Alexandria, a segunda maior cidade do país, na costa mediterrânea.
O ministério da Saúde divulgou um balanço de 2.532 feridos.
Os manifestantes, incluindo muitos torcedores de clubes de futebol,
exigem o fim do poder militar que governa o Egito desde a queda, há
quase um ano, do presidente Hosni Mubarak.
O drama de quarta-feira em Port Said, quando se enfrentaram torcedores
do Al-Masri e do Al-Ahli, provocou manifestações em todo o país.
O Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA), dirigido pelo marechal
Hussein Tantawi, acusou "mãos estrangeiras e internas" pelos distúrbios.
Os manifestantes atribuem ao CSFA a responsabilidade das 74 mortes de
quarta-feira passada em Port Said, depois da derrota de 3-1 do Al-Ahli,
clube da capital, para o Al-Masri.
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