Nova reunião foi realizada para acompanhar caso Chevron nesta quarta.
Após sobrevoos, Marinha fala sobre tendência de redução da mancha.
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Uma nova reunião do “Grupo de Acompanhamento e Avaliação” foi realizada nesta quarta-feira (21) para avaliar o vazamento de óleo na Bacia de Campos, no Norte do Rio de Janeiro, segundo informou a Marinha do Brasil. De acordo com a Marinha, desde novembro de 2011, o grupo "permanece verificando as ações de resposta da empresa Chevron Brasil Upstream Frade LTDA ao vazamento de óleo". Além disso, durante esse período, navios da Marinha permaneceram na área e diversos sobrevoos foram realizados.
Também nesta quarta, a Marinha divulgou fotos áreas da região, mostrando a mancha de óleo na superfície. "Com relação a este último episódio de exsudação, desde o dia 4 de março, sobrevoos foram executados na região do incidente, com a presença de técnicos da Marinha e do IBAMA. Nos últimos sobrevoos foram avistadas pequenas bolhas descontínuas, confirmando a tendência de redução da mancha de óleo que se observou inicialmente", diz a nota da Marinha, acompanhada das fotos.
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Ainda de acordo com a nota, Marinha, ANP e Ibama "seguem acompanhando e verificando permanentemente os procedimentos adotados pela empresa até o término do incidente e identificação de suas causas".
O advogado da petroleira Chevron, Nilo Batista, afirmou nesta quarta-feira (21) que os executivos e funcionários da empresa já entregaram à Justiça seus passaportes, conforme determinado pelo juiz federal Cláudio Girão Barreto, da 1ª Vara Federal de Campos, no Norte Fluminense.
“Os passaportes foram entregues, e faltam entregar quatro de pessoas que estão fora, e que vão entregar quando chegar. Dois destes quatro que faltam serão entregues amanhã”, afirmou Batista.
Na terça-feira, o juiz Barreto deu um prazo de 24 horas para que 15 executivos e funcionários das empresas Chevron e Transocean entreguem os passaportes. Na sexta-feira (16), a Justiça Federal já havia proibido que 17 pessoas ligadas às duas empresas Chevron e Transocean deixem o país sem prévia autorização judicial. Entre elas está o presidente da Chevron no Brasil, George Buck.
De acordo com a decisão, é fato notório que mais uma vez "há indícios veementes de vazamento de óleo" na Bacia de Campos. As 17 pessoas impedidas de deixar o país foram indiciadas por causa do vazamento ocorrido em novembro do ano passado.
Nesta quarta, o Ministério Público Federal (MPF) divulgou que denunciou as empresas Chevron, Transocean e mais 17 pessoas por crime ambiental e dano ao patrimônio público por causa do vazamento de petróleo no Campo de Frade, da Bacia de Campos, em novembro de 2011.
O presidente da Chevron no Brasil, George Buck, e mais três funcionários da empresa responderão ainda por dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público, se omitir em cumprir obrigação de interesse ambiental, apresentar um plano de emergência enganoso e por falsidade ideológica, ao alterarem documentos apresentados a autoridades públicas.
As penas pedidas pelo MPF para os denunciados variam de 21 anos e 10 meses a até 31 anos e 10 meses.
Indenização contestada
Oscar Graça Couto, também advogado da Chevron, contestou os R$ 20 bilhões pedidos às empresas como indenização pelo Ministério Público Federal (MPF), por conta do vazamento de petróleo.
Oscar Graça Couto, também advogado da Chevron, contestou os R$ 20 bilhões pedidos às empresas como indenização pelo Ministério Público Federal (MPF), por conta do vazamento de petróleo.
Na denúncia, o MPF pede também o sequestro de todos os bens dos denunciados e o pagamento de fiança de R$ 1 milhão para cada pessoa e R$ 10 milhões para cada empresa. Caso sejam condenados, o valor da fiança servirá para pagar a indenização dos danos, multa e custas do processo.
“É realmente incompreensível que se chegue ao valor de R$ 20 bilhões”, afirmou. “Não tem nenhuma razão para pedir esse valor”. “Não houve um ser humano afetado, ou qualquer dano a flora ou a fauna (...). “Nenhum cetáceo ou ave foi afetada. Nenhuma baleia morreu. Na verdade, não houve uma sardinha que tenha morrido por causa do acidente”, disse o advogado.
Proibição de novas perfurações
A Chevron foi proibida de perfurar novos poços no local após o acidente do ano passado. As atividades do poço existente, no entanto, tiveram continuidade. Na terça-feira (13), a ANP decidiu manter a decisão de proibir a Chevron de perfurar novos poços no local. A ANP concluiu as investigações sobre o vazamento e informou que discorda da causa apontada pela empresa norte-americana, mas não deu detalhes sobre a apuração feita.
A Chevron foi proibida de perfurar novos poços no local após o acidente do ano passado. As atividades do poço existente, no entanto, tiveram continuidade. Na terça-feira (13), a ANP decidiu manter a decisão de proibir a Chevron de perfurar novos poços no local. A ANP concluiu as investigações sobre o vazamento e informou que discorda da causa apontada pela empresa norte-americana, mas não deu detalhes sobre a apuração feita.
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