Estado deve colher 25 milhões de toneladas na safra de verão 2013.
Dificuldade de escoamento, no entanto, ainda prejudica o produto gaúcho.
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A safra de grãos do Rio Grande do Sul no verão 2013 deve ser a segunda maior já colhida no estado. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (06) pela Emater durante evento no parque da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, no Noroeste do estado.
Segundo levantamento realizado pela Gerência de Planejamento da Emater-RS, devem ser colhidas 25 milhões de toneladas de grãos na próxima safra. O montante só é superado pela somente da safra de 2011, quando foram colhidos 26,5 milhões de toneladas de grãos.
“A safra de grãos, somada à produção de leite e carnes, certamente farão o PIB agropecuário ter um significativo incremento no Rio Grande do Sul, devendo ser o maior já registrado no Estado”, projetou o secretário de Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi.
Com uma área plantada 9% superior a do ano passado, a cultura da soja deverá ser a principal responsável pelo resultado positivo. Deverão ser colhidas mais de 11,8 milhões de toneladas do grão, uma produção recorde.
Embora a safra de 2013 não supere a de 2011 em volume, o valor bruto de produção (VBP) será cerca de 20% maior. O aumento se dá em razão da atual cotação dos commodities, que se encontram em patamares bem superiores aos praticados há dois anos.
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“Os produtores receberão, este ano, cerca de R$ 20,7 bilhões, valor superior ao que foi gerado na safra de 2011, quando o setor movimentou R$ 16,7 bilhões”, afirmou o diretor técnico da Emater, Gervásio Paulus.
O problema é que a infraestrutura do Estado não acompanha o ritmo de crescimento da produção agrícola. Toneladas de grãos vão sair das lavouras por estradas estreitas e em más condições ou por ferrovias limitadas. Situação que aumenta o curso do frete e prejudica a competitividade.
“A gente tem hoje um melhor preço na ferrovia comparado com a rodovia, porém o transporte ferroviário tem bastante dificuldade no atendimento. Dependemos dos dois transportes, o ferroviário e rodoviário”, afirma o gerente de logística de cerealista, Kenny Vorpagel.
Em Santa Rosa, no Noroeste do estado, o frete até a cerealista já está cerca de 3% mais caro. E o valor deve subir ainda mais, segundo a Federação das Empresas de logística e Transporte (Fetransul) do estado.
“Estudos mostram que a variável será de 10% a 30% a elevação do custo do transporte”, afirma o vice-presidente da Fetransul, Milton Schmitz.
“Nossas estradas são muito ruins e cheias de acidentes. Então, além do custo financeiro que isso causa, traz caos social para as pessoas que usam a rodovia”, acrescenta o economista da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz.
“Nossas estradas são muito ruins e cheias de acidentes. Então, além do custo financeiro que isso causa, traz caos social para as pessoas que usam a rodovia”, acrescenta o economista da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz.
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