Mudança para 25 de abril no calendário depende da chegada das doses ao Rio Grande do Sul
Paula Minozzo
Diante do surto da gripe H1N1 em São Paulo e a terceira morte pela doença confirmada em Santa Catarina, os dois Estados decidiram que anteciparão a imunização contra o vírus antes mesmo do começo da campanha nacional. No Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual de Saúde também tem a expectativa de adiantar o início do cronograma de vacinação. Marcada para começar nacionalmente em 30 de abril, o período de aplicações pode ter a largada no RS em 25 de abril.
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De acordo com o secretário João Gabbardo, essa mudança, porém, depende da chegada das vacinas ao Estado e da logística que envolve a distribuição do produto entre as unidades de saúde. O Ministério da Saúde anunciou que o envio das primeiras doses da vacina contra a influenza começam em 1º de abril. Nas três primeiras remessas, que devem ser entregues até 15 de abril, os Estados receberão 25,6 milhões de doses, o que corresponde a 48% do total.antecipar demais não é vantajoso. Segundo o secretário, no Rio Grande do Sul devem chegar, até 15 de abril, 40% do total de vacinas previstas para o Estado – cerca de 3.574.750 de doses.
– Estamos na mesma situação que Santa Catarina, aguardando a chegada da vacina para começar a distribuição. Se o Ministério da Saúde conseguir entregar essa quantidade das vacinas no prazo, podemos antecipar em uma semana. O quanto antes começar, melhor. Mas o ministério também aguarda a vacina que ainda está em fase de produção – afirma.
Gabbardo explica, porém, que não é vantajoso antecipar demais a vacinação devido ao pico do efeito da imunização, que ocorre em dois meses. Segundo o secretário, é importante que isso aconteça quando as temperaturas estiveram mais baixas, quando aumenta o índice de infecções. Mas a recomendação da Secretaria Estadual da Saúde continua para que as pessoas procurem a vacina antes da chegada do inverno.
A assessoria de comunicação social do Ministério da Saúde afirma que não terá antecipações de entrega de lotes de 2016 da vacina e que está cumprindo o cronograma já formulado e previsto desde setembro de 2015 para os repasses. Assim que receberem o produto, os Estados têm a autonomia para fazer a distribuição entre as unidades de Saúde e iniciar as etapas da vacinação conforme a avaliação dos governos estaduais.
São Paulo e Santa Catarina em alerta
Nesta terça-feira, Santa Catarina confirmou a terceira morte pela doença. O secretário de Estado da Saúde, João Paulo Kleinübing, garante que assim que chegarem as doses fará a distribuição aos municípios para começar a imunização antes do início da campanha nacional, prevista para 30 de abril. Em São Paulo, houve um surto antecipado de gripe H1N1, que já matou 38 pessoas neste ano.
Em 2015, a doença havia causado 10 mortes no Estado. Na semana passada, com o aumento do número de casos, o governo paulista solicitou ao Ministério o envio de doses da vacina usadas durante a campanha do ano passado. Elas foram aplicadas em caráter emergencial na cidade de São José do Rio Preto, onde a situação era considerada mais grave. A ação teve como objetivo proteger apenas contra o H1N1, e os pacientes que receberam o imunizante também deverão receber o produto mais atual.
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