segunda-feira, 28 de março de 2016

JOL (Santa Maria / RS): Santa Maria registra mais de um assalto ao comércio por dia em 2016

Nos últimos cinco dias, pelo menos 13 estabelecimentos comerciais foram alvos de assaltantes

Santa Maria registra mais de um assalto ao comércio por dia em 2016 reprodução/
Quatro assaltantes levaram medo durante roubo ao Maxxi AtacadoFoto: reprodução
Ainda faltam cinco dias para o fim de março, e o número de assaltos a estabelecimentos comerciais é praticamente o mesmo registrado em todo o mesmo mês no ano passado. Conforme dados da Brigada Militar, até o dia 15 deste mês, 22 comerciantes foram alvos de assaltantes. E, segundo levantamento da Rádio Gaúcha SM, desde o último dia 20, pelo menos outras 13 empresas receberam a ingrata visita de assaltantes. Com isso, o número de roubos a estabelecimentos comerciais chega a 35 neste mês, contra 37 em março de 2015. Só na última quinta-feira, três empresas foram vítimas de assaltantes. Até sexta-feira, 2016 registra pelo menos 93 roubos ao comércio, que dá uma média de 1,09 por dia.

Na noite da última quinta-feira, o Maxxi Atacado, que fica na Avenida Hélvio Basso, no bairro Nossa Senhora da Medianeira, na região central da cidade, foi assaltado. Por volta das 21h, quatro assaltantes, armados com revólveres e espingarda, renderam o vigilante do estabelecimento, que foi agredido com uma coronhada na cabeça e teve o colete à prova de balas que usava roubado. O quarteto roubou aproximadamente R$ 4 mil dos caixas. Horas antes, uma padaria e uma farmácia já haviam sido assaltadas.

Defasagem
O coronel Worney Mendonça, comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva Central (CRPO-C), apontou, em entrevista ao repórter João Pedro Lamas, da Rádio Gaúcha SM, o déficit de policiais nas ruas como o principal fator que influenciou no aumento desse tipo de crime. Além da defasagem de 53% do efetivo, neste mês, 66 policiais do 2º Batalhão de Operações Especiais (2º BOE) foram para Porto Alegre para dar apoio no combate contra o tráfico de drogas.

Embora a principal atuação do batalhão não seja a de policiamento ostensivo, quando não está em missões, o 2ºBOE dá apoio ao 1º Regimento de Polícia Montada nas ruas de Santa Maria. Para piorar, com o fim do contrato de 21 policiais temporários que faziam serviços administrativos, policiais efetivos tiveram que substituí-los.

– Nós tivemos essas questões bem pontuais, que não é uma justificativa, mas que influenciam diretamente nos números – disse Worney à rádio.


Também em entrevista à Rádio Gaúcha, o delegado regional da Polícia Civil, Sandro Meinerz, concordou com Worney em relação ao fato de que menos policiais na rua "significa que há uma maior vulnerabilidade". Para o delegado, "o criminoso, quando vê que há menos policiais na rua, se sente mais à vontade para sair armado para praticar suas ações criminosas".

Worney aponta também que eventos como as manifestações sociais e as festas dos calouros das universidades exigiram ajustes em escalas da polícia. O comandante não descarta solicitar ao comando da Brigada Militar da Capital para que pelo menos metade dos policiais do 2º BOE retorne.

O delegado Meinerz afirma que, com o funcionamento da Delegacia de Homicídios, os distritos policiais ficarão mais livres para intensificar as investigações de casos de roubos.

O "Diário" tentou contato com Worney e também com o comandante do 1º Regimento de Polícia Montada, tenente-coronel Gedeon Pinto da Silva, mas eles não atenderam às ligações.




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