quinta-feira, 28 de abril de 2016

Esportes (Libertadores de América / 16): Grêmio perde para o Rosario Central por 1 a 0 e fica em situação difícil na Libertadores

Complicou27/04/2016 | 23h39Atualizada em 28/04/2016 | 01h59

Tricolor precisará buscar a vitória na Argentina na próxima quarta-feira

Grêmio perde para o Rosario Central por 1 a 0 e fica em situação difícil na Libertadores André Ávila/Agencia RBS
Foto: André Ávila / Agencia RBS
Luís Henrique Benfica
Luís Henrique Benfica
O Rosario Central fez da Arena a sua casa. O adversário que a torcida do Grêmio considerava o ideal nas oitavas de final da Libertadores desconheceu o fator local, venceu por 1 a 0 com naturalidade na noite desta quarta-feira e vai em vantagem para a partida de volta, dia 5 de maio, na Argentina. Sem nenhuma força no ataque, o time de Roger Machado embretou-se na competição e agora precisará ser heroico para seguir vivo. Desolada, a torcida fez críticas ao desempenho da equipe e da direção. Foi lembrada até mesmo a demora na vacinação contra a caxumba, que tirou de ação o zagueiro Pedro Geromel.
O Rosario Central fez uma eficiente leitura do adversário. Com marcação avançada, puxada por Herrera e Marco Ruben, marcou a saída de bola de Walace e Maicon e tirou a criatividade do time de Roger Machado. A correria argentina teve efeito paralisante e impediu que o Grêmio repetisse o que havia feito contra o Juventude, quando se impôs desde o início. Os erros de passe, até os de menir distância, escancaravam o nervosismo tricolor.
Outra arma argentina foi a catimba, que os levava a cometer faltas com frequência e retardar as reposições de bola. Ansioso, o Grêmio caiu na armadilha e também bateu mais do que o normal.
Tudo poderia ser diferente se Bolaños contasse com a sorte, aos 11 minutos. Lançado por Douglas, ele driblou o goleiro Sosa e escapou de Burgos, mas não conseguiu impedir que a bola escapasse pela linha de fundo. Dois minutos depois, um erro defensivo custou caro. Bressan cabeceou para trás, Herrera dividiu com Fred e, na sobra, Marco Ruben, centroavante de rara qualidade, acertou chute forte e venceu Marcelo Grohe: 1 a 0.
O Grêmio não reagia. No máximo, assustou no passe de Luan, em que Giuliano perdeu a dividida com o goleiro. A 26 minutos, Fred chutou muito alto, em cobrança de falta. A rigor, a palidez ofensiva só foi sacudida a 41 minutos. Aí, porém, foi a vez de Bolaños desperdiçar uma chance que um jogador de sua categoria não costuma deixar escapar. Em cobrança de escanteio feita por Douglas, o equatoriano chutou muito alto, tendo somente o goleiro pela frente.

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No mais belo lance da partida, a 43 minutos, Marco Ruben acertou o travessão, com Marcelo Grohe adiantado e já vencido. Sob vaias de alguns torcedores, o time foi para o vestiário.
Mesmo sem Marco Ruben, preservado por problemas físicos, o Rosario Central continuou uma equipe ameaçadora no segundo tempo. Muito por conta da falta de inspiração do Grêmio, que acertava muito mais do que errava. Jogadores a quem cabia a tarefa de organizar, como Douglas e Luan, falhavam até nas jogadas mais simples. Bolaños sempre contava com mais de um marcador a cuidar de suas arrancadas, pelo meio ou nos lados.
Pelas laterais, a contribuição de Ramiro e Marcelo Oliveira era inexistente. E a zaga parecia apavorada em cada investida do ataque argentino. A noite, definitivamente, não era boa. Em 15 minutos, o time havia chutado somente uma vez, ainda assim muito mal, com Douglas, que parou nas mãos do goleiro.
Roger percebeu que era o instante de mudar e trocou Maicon, de atuação apagada, pelo atacante Everton. Em sua primeira participação, o atacante perdeu uma bola na intermediária que resultou em cruzamento perigoso, afastado por Giuliano.
Aos 20 minutos, esgotado, Bolanõs deu lugar a Bobô. Era a segunda tentativa de uma ação ofensiva mais contundente, que desestabilizasse o Rosario. A troca do apagado Douglas por Lincoln foi a cartada final em busca da recuperação. Só a 34 minutos, contudo, surgiu uma chance, em cabeio de Bobô, que desviou em Donatti e parou nas mãos de Sosa. A torcida, que já deixava a Arena bem antes do jogo se encerrar, já havia percebido que nada mudaria.

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