Escola Erico Verissimo, no bairro Jardim Carvalho, sofre com tiroteios.
Brigada Militar se comprometeu em aumentar operações na região.
A escola Erico Verissimo, que fica no bairro Jardim Carvalho, Zona Leste de Porto Alegre, voltou a abrir nesta quarta-feira (13). A instituição vinha diminuindo horários - além de fechar totalmente na terça-feira (12) -, depois de frequentes tiroteios nas proximidades, e até em frente ao portão.
A direção resolveu retomar as aulas após uma reunião com o secretário estadual da Educação e do comandante do 20º Batalhão de Polícia Militar.
O encontro aconteceu na terça, no gabinete do secretário Vieira da Cunha. O tenente-coronel Egon Kvietinski, responsável pelo policiamento no local, participou da reunião e disse que as operações policiais na região serão ampliadas nos próximos dias.
"Às 4h desta terça-feira (12) nós já estávamos no local, onde desencadeamos uma operação que culminou com a prisão de dois homens com extensa ficha criminal e a apreensão de duas armas, além da recuperação de um veículo roubado. Nós estaremos incrementando estas operações, tentando minimizar este temor por parte dos profissionais da educação”, afirmou.
Vieira da Cunha acrescentou que o problema enfrentado pela escola foi pauta da reunião do Gabinete de Gestão Integrada da Segurança Pública, na semana passada. Ele aposta na ampliação do ensino em horário integral para diminuir a insegurança.
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"Argumentamos com diretores e professores que horário reduzido de funcionamento não é a solução. A Educação pode colaborar com a segurança à medida que nós ampliarmos o funcionamento de escolas em tempo integral, para que, nas regiões de maior vulnerabilidade social, as crianças possam ficar o dia inteiro na escola, protegidas e longe do crime organizado", disse o secretário.
Além do secretário e do comandante, a coordenadora regional de Educação, Jurema Garzella, e a coordenadora estadual das Comissões Internas de Prevenção a Acidentes e Violência no Âmbito Escolar (Cipaves), Luciane Manfro, participaram do encontro na Seduc com a direção da escola.
O último tiroteio foi registrado na segunda-feira (11), por volta das 14h30. Foi em frente à escola, que que gerou pânico em alunos e professores. Segundo a Brigada Militar, um veículo passou pelo local e, em seguida, começaram os disparos. Segundo o 20º BPM, os tiros foram "a esmo e tinham a intenção de mostrar poder de fogo." Ninguém ficou ferido.
No final de março, a Secretaria Estadual de Educação orientou a direção da escola a reduzir os turnos de aulas devido às situações de violência no bairro. Na manhã do dia 30 de março, os moradores da região foram acordados ao som de disparos de armas de diversos calibres. Nas redes sociais, circularam mensagens de medo.
"Mais de duzentos tiros disparados de vários calibres", publicou uma pessoa. "Ao todo, quase dez minutos de bala pra todos os lados. Deus nos proteja. Nenhum movimento de polícia até agora, às 6h56 da manhã", dizia outra postagem na internet.
Ainda em março, a escola chegou a fechar as portas devido aos frequentes tiroteios na região.
Ainda em março, a escola chegou a fechar as portas devido aos frequentes tiroteios na região.
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