Treinamentos para caça começam a ser estimulados com filhotes.
Região precisava deslocar cães de Porto Alegre para ajudar corporativas.
Para evitar o deslocamento de cães de Porto Alegre até Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, cidades distantes pouco mais de 290 km, bombeiros passaram a treinar animais para ajudar nos quartéis. O faro e a audição aguçada dos cachorros ajudam nos resgates de vítimas (veja mais no vídeo).
Três labradores e um boiadeiro australiano estão sendo treinados diariamente para auxiliar nas buscas em locais de risco e de difícil acesso, como matas e escombros. As "aulas" começam cedo, quando ainda são filhotes, e a caça é estimulada através de brincadeiras.
"Tu estimula sempre brincando, como uma vítima ativa, porque na vida real ele também vai achar que é brincadeira", diz o sargento-chefe do canil, José Alex da Silva Rodrigues.
Um dos treinamentos é a sinalização para vítima. Aos poucos, o grau de dificuldade das habilidades aumenta. Para que o cão se socialize, ele fica um tempo na casa do adestrador.
"É uma relação de amizade. O cão tem que ser um amigo do condutor. Por isso, o Guapo (labrador) convive com a minha família, eu levo ele para minha casa, a gente passeia juntos, temos uma relação de afinidade. Ele será meus olhos e meu guia no mato, em busca de uma vida", conta o soldado Alexandre Brum, adestrador.
Os cães também apoiam outros órgãos, como as delegacias de homicídio. Para aprimorar os treinamentos, um canil deve ser construído em um dos quartéis de Santa Maria, que poderá receber até 12 cães para também ajudar a servir a outros municípios.
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