Carro que andava ao lado do Audi que causou acidente estava a 104 km/h.
Casal sofreu ferimentos após ser atropelado no Parcão, em Porto Alegre.
A perícia concluiu que o segundo carro que participava de um suposto racha na madrugada de 2 de abril no bairro Moinhos de Vento, na Zona Norte de Porto Alegre, também estava a mais de 100 km/h, como mostra reportagem do RBS Notícias (veja no vídeo). O outro veículo, um Audi quecausou um acidente com um casal ferido na ocasião, estava a 116km/h, como já havia adiantado o delegado responsável pelo caso Carlo Butarelli.
O acidente aconteceu na Rua 24 de Outubro, onde a velocidade máxima permitida é de 60 km/h. O Audi conduzido por Thiago Brentano, de 39 anos, se envolveu em um colisão bateu em um táxi e em um veículo estacionado. Em seguida, o casal foi atropelado.
Pouco tempo antes, quando o automóvel ingressou na Rua 24 de Outubro, estava a 108 km/h. Para obter as velocidades, os peritos analisaram as imagens do acidente e os vestígios no local onde os carros bateram.
MP recorreu de decisão que rejeitou denúncia
O Ministério Público recorreu nesta terça-feira (26) da decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), que rejeitou a denúncia contra o motorista suspeito de causar um acidente em Porto Alegre, no começo de abril. Um casal de namorados foi atropelado por um carro estacionado, atingido por um Audi, dirigido por Thiago Brentano, 39 anos.
MP recorreu de decisão que rejeitou denúncia
O Ministério Público recorreu nesta terça-feira (26) da decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), que rejeitou a denúncia contra o motorista suspeito de causar um acidente em Porto Alegre, no começo de abril. Um casal de namorados foi atropelado por um carro estacionado, atingido por um Audi, dirigido por Thiago Brentano, 39 anos.
Ele foi denunciado por três tentativas de homicídio, com dolo eventual (assumir o risco de matar), triplamente qualificadas. O pedido foi apresentado pela promotora Luciane Feiten Wingert, que também solicitou que fosse decretada a inabilitação do acusado para dirigir veículo.
Na última sexta-feira (22), a Justiça rejeitou a denúncia, alegando que não havia provas suficientes para caracterizar o crime de dolo eventual.
Para a promotora de Justiça, Brentano agiu assumindo o risco de causar a morte das vítimas, já que sabia que estava com o direito de dirigir suspenso. Além disso, ele teria consumido bebida alcoólica em casa noturna e conduzido seu carro em alta velocidade, incompatível para o local, disputando “racha” com outro carro ainda não identificado e passando o sinal vermelho, o que causou os ferimentos nas vítimas.
Na última sexta-feira (22), a Justiça rejeitou a denúncia, alegando que não havia provas suficientes para caracterizar o crime de dolo eventual.
Para a promotora de Justiça, Brentano agiu assumindo o risco de causar a morte das vítimas, já que sabia que estava com o direito de dirigir suspenso. Além disso, ele teria consumido bebida alcoólica em casa noturna e conduzido seu carro em alta velocidade, incompatível para o local, disputando “racha” com outro carro ainda não identificado e passando o sinal vermelho, o que causou os ferimentos nas vítimas.
Na apelação do MP, exposta em 24 páginas, a promotora observou que o condutor "agiu com absoluta indiferença pela vida alheia, com o que possível afirmar que anuiu insensivelmente ao risco de matar alguém, e tanto o é que, após colidir em dois veículos, fugiu do local, abandonando as vítimas, uma delas seu amigo, sem se preocupar minimamente com a situação delas”.
Agora, o juiz deverá analisar e repassar o recurso ao Tribunal de Justiça, que distribuirá para uma das Câmaras Criminais.
Casal foi atingido quando passeava com cachorro
Thomaz Coletti, de 25 anos, e a namorada, Rafaela Cruz Perrone, de 24 anos, foram atingidos quando passeavam com um cachorro no Parcão, na madrugada do sábado, dia 2 de abril. Imagens captadas por câmeras de segurança e de vigilância interna de prédios da região mostram um Audi andando em alta velocidade pela Avenida 24 de Outubro. O carro colide contra um táxi, e depois atinge outro veículo que estava estacionado ao lado do Parcão. O automóvel subiu a calçada e atingiu o casal.
Thomaz Coletti, de 25 anos, e a namorada, Rafaela Cruz Perrone, de 24 anos, foram atingidos quando passeavam com um cachorro no Parcão, na madrugada do sábado, dia 2 de abril. Imagens captadas por câmeras de segurança e de vigilância interna de prédios da região mostram um Audi andando em alta velocidade pela Avenida 24 de Outubro. O carro colide contra um táxi, e depois atinge outro veículo que estava estacionado ao lado do Parcão. O automóvel subiu a calçada e atingiu o casal.
A Polícia Civil já havia pedido a prisão de Brentano, mas ele responde ao processo em liberdade. Ele havia sido indiciado por duas tentativas de homicídio triplamente qualificado. Em depoimento, o motorista admitiu ter bebido duas garrafas long neck de cerveja, mas negou ter participado de um racha e afirmou não ter visto o casal, e por isso deixou o local após o acidente.
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O caso
Na madrugada de sábado, dia 2 de abril, o motorista do Audi trafegava em alta velocidade pela Avenida 24 de Outubro. Depois de passar o sinal vermelho, na esquina com a Rua Olavo Barreto Viana, o veículo se chocou contra um táxi, e depois atingiu um veículo que estava estacionado ao lado do Parcão.
Na madrugada de sábado, dia 2 de abril, o motorista do Audi trafegava em alta velocidade pela Avenida 24 de Outubro. Depois de passar o sinal vermelho, na esquina com a Rua Olavo Barreto Viana, o veículo se chocou contra um táxi, e depois atingiu um veículo que estava estacionado ao lado do Parcão.
Com o impacto, o automóvel subiu a calçada e atropelou o casal de jovens. Eles foram encaminhados a hospitais.
O homem prestou depoimento após receber alta. "Foi algo muito rápido, não teve tempo de reação porque não havia como ter reação (...) espaço curto de tempo devido à velocidade que carro vinha", relatou Thomaz Coletti, de 25 anos.
Também havia um carona no Audi, que teve ferimentos leves no acidente. O taxista Marco Gaudério relatou, após o acidente, que os carros passaram em alta velocidade.
"Eu me lembro que o sinal estava aberto pra mim. Eu estou descendo e, quando vi, o cara me bateu. Ele vinha muito rápido, não deu pra ver nada. Só fiquei em estado de choque, é uma coisa que a gente não espera", afirmou ele após o susto.
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