sábado, 16 de abril de 2016

Porto Alegre / RS: TJ absolve mulher que sequestrou bebê de hospital de Porto Alegre

15/04/2016 23h53 - Atualizado em 16/04/2016 00h00

Entretanto, Luciana Soares Brito precisará fazer tratamento por dois anos.

Caso ocorreu em junho de 2014 quando bebê foi levado de maternidade.

Do G1 RS
Bebê roubado em maternidade de Porto Alegre (Foto: Polícia Civil/Divulgação)Bebê foi roubado em maternidade de Porto Alegre (Foto: Polícia Civil/Divulgação)
A Justiça absolveu a mulher que sequestrou um bebê da maternidade de um hospital de Porto Alegre em junho de 2014. Apesar da decisão, Luciana Soares Brito, 39 anos, deve realizar  tratamento ambulatorial de no mínimo dois anos, que deve ser comprovado em perícia médica. A decisão, de quinta-feira (14), é da juíza Andréia Nebenzahl de Oliveira da 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS).
A magistrada entendeu que a mulher não pode responder pelo crime, como prevê o Código Penal, devido a doença mental como apontou laudo psiquiátrico. "A acusada (era) totalmente incapaz de entender o caráter ilícito do fato", salientou o documento, citado na sentença.

Para a Justiça, a mulher declarou que não se recordava dos fatos. "Relatou que ficou sabendo o que tinha feito pelas pessoas, que lhe contaram o ocorrido", observou a juíza. Luciana disse ainda que tinha sofrido um aborto, meses antes do sequestro, e que estava em tratamento psiquiátrico. Entretanto, não tinha tomado a medicação no dia que entrou no hospital.

Mulher se passou por enfermeira de hospital
Bebê roubado em maternidade de Porto Alegre (Foto: Polícia Civil/Divulgação)Câmera flagrou saída de mulher com bebê de
hospital (Foto: Polícia Civil/Divulgação)
No dia 24 de junho de 2014, Luciana entrou no Complexo Hospitalar Santa Casa, se passou por enfermeira, e levou uma criança recém-nascida. O bebê ficou desaparecido por cerca de 10 horas, antes de ser encontrado na casa da mulher, na Zona Sul da capital. Ela foi presa em flagrante e confessou ter retirado a menina da maternidade. A suspeita foi encaminhada ao presídio Madre Pelletier e ficou presa até o dia 7 de julho. Ela foi indiciada no dia 4 de julho por sequestro e cárcere privado qualificado. .
Segundo a polícia, a mulher se vestiu com um jaleco branco, já que trabalhava como copeira em uma clínica em Porto Alegre, e entrou no quarto onde a mãe da criança estava internada durante o horário de visitas. Ela disse que levaria a recém-nascida para fazer exames.
Nas imagens de câmeras de segurança, porém, ela foi flagrada saindo do prédio e entrando em um táxi com o bebê no colo, em frente ao hospital. Após receber duas denúncias, a polícia descobriu que a suspeita levou a criança para a casa de um filho, no bairro Lami, onde foi detida.

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