sexta-feira, 22 de abril de 2016

Chanhassen, Minesota / USA: Morre, aos 57 anos, o cantor Prince

Gente21/04/2016 | 14h16Atualizada em 21/04/2016 | 22h13

Polícia foi notificada pela manhã de morte na propriedade do músico

Morre, aos 57 anos, o cantor Prince BERTRAND GUAY/AFP
O artista em junho de 2011 durante show no Stade de France, na cidade francesa de Saint-DenisFoto: BERTRAND GUAY / AFP
Morreu nesta quinta-feira o músico Prince, aos 57 anos. Ele foi encontrado desacordado no elevador de seu estúdio, Paisley Park, na cidade de Chanhassen, Minnesota, nesta manhã. De acordo com a polícia, socorristas chegaram ao local às 9h43min (horário local) e tentaram reanimá-lo sem sucesso. Ele foi declarado morto às 10h07min.
O músico, nascido Prince Rogers Nelson, havia sido hospitalizado no último dia 15 de abril por conta de uma gripe. Mas, no dia seguinte, ele assegurou a seus fãs que passava bem. 

Antes de sua última aparição pública, entretanto, o artista havia cancelado dois shows por razões de saúde não detalhadas por sua equipe de relações públicas.

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Carreira de metamorfoses e sucessão de hits
Prince Rogers Nelson nasceu em 7 de junho de 1958 em Minneapolis, no Estado de Minnesota, norte dos EUA. Cantor desde criança, chegou a participar de gravações da banda 94 East, de seu tio. Estreou em disco em 1978, com For You.
Tornou-se mundialmente conhecido em 1982, com o álbum 1999, mas desde o segundo disco (Prince, de 1979), que tinha os sucessos Why You Wanna Treat Me So Bad? e I Wanna Be Your Lover, já era um nome conhecido do universo pop por sua mistura de rock, R&B, soul funk, hip hop, disco e psicodelia.
Controversy (1981) e, sobretudo, Dirty Mind (1980), que continha o hit Uptown, trilharam o caminho do que seria conhecido como o Minneapolis Sound, espécie de funk marcado pelo uso de sintetizadores típico da região, que influenciaria diversos artistas ao redor do mundo nos anos 1980 – mais recentemente, Janet Jackson, Mark Ronson e Bruno Mars são herdeiros desse subgênero da música norte-americana. 
1999 é um álbum duplo com canções marcantes como Little Red CorvetteLady Cab Driver e D.M.S.R. Marca o primeiro dos muitos períodos de mudanças do cantor, que em seguida passaria a chamar sua banda de apoio de The Revolution e lançaria aquele que talvez tenha sido seu disco de maior sucesso: Purple Rain.
Com esse trabalho de 1984, que também é trilha sonora do filme homônimo, Prince vendeu mais de 16 milhões de cópias (estima-se que tenha comercializado mais de 100 milhões em toda a carreira).
Purple Rain, a música, deu ao cantor um Oscar e um troféu Globo de Ouro. O disco é frequentemente apontado como um dos maiores da história do universo pop – foi eleito o melhor da década de 1980 pela Tempo Magazine e o segundo do período pela revista Rolling Stone, a melhor trilha de todos os tempos de acordo com levantamento da Vanity Fair, o 15º melhor álbum da história em um ranking da Time e o 18º de acordo com Rolling Stone (Prince emplacou outros três discos entre os 500 melhores no ranking da tradicional revista).
Around the World in a Day (1985) e Parade (1986) deram sequência ao momento de sucesso. Sign "O" the Times (1987) foi o primeiro de três discos solo – sem a The Revolution. São dessa época singles como If I Was Your GirlfriendU Got the LookI Could Never Take the Place of Your ManDead on ItThe Arms of Orion e Alphabet St. Também datam dessa época suas primeiras colaborações com Madonna (em Love Song, entre outras), com a Rave Unto the Joy Fantastic e com o cineasta Tim Burton (para o filme Batman, de 1989, no qual Prince trabalhou na trilha sonora). 
Em 1991, o cantor passaria a gravar e a se apresentar junto a uma nova banda, a New Power Generation. Com Diamonds and Pearls, gravado naquele ano, o cantor novamente emplacou uma série de sucessos de alcance mundial, a exemplo de Get Off,Cream Money Don't Matter 2 Night. Amplamente conhecida pela performance de Sinéad O'Connor, Nothing Compares 2 U é outro de seus hits da época. 
Mudança de nome e lançamentos em ritmos 
Entre as diversas mudanças na carreira nos anos 1990, destaca-se a mudança de nome – em 1993, em meio a uma disputa contratual com a Warner Bros., o cantor pediu para não ser mais chamado de Prince, e sim de um símbolo inicialmente "impronunciável", segundo ele, mas depois também aferido como "love symbol".
The Gold Experience (1995), Crystal Ball (1998), Newpower Soul (1998) e Rave Un2 the Joy Fantastic (1999) são trabalhos desse período. Neles, o artista canta músicas como BatdanceThe TruthThe Greatest Romance Ever Sold e So Far So Pleased (em dueto com Gwen Stefani). A volta ao nome Prince se deu em 2000.
Entre diversas outras parcerias, o músico também cantou ao lado de Beyoncé (em uma cerimônia de entrega dos prêmios Grammy). Sua performance no Superbowl, a bilionária final anual da liga de futebol americano, em 2007, é considerada uma das melhores da história do evento.
One Nite Alone... (2002), N.E.W.S (2003), Musicology (2004), The Chocolate Invasion(2004), Planet Earth (2007), Lotusflow3r (2009) e Plectrumelectrum (2014) são alguns dos álbuns que Prince gravou neste século - seu ritmo, até o díptico HITnRUN (2015), foi de lançar um disco por ano, ou quase isso. A Hit and Run Tour, entre 2014 e 2015, foi sua última turnê internacional.
Prince foi conduzido ao Rock and Roll Hall of Fame em 2004, o primeiro ano em que ficou elegível para a tradicional láurea. No levantamento da revista Rolling Stone, foi considerado o 27º maior artista pop de todos os tempos.

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