Altitude, tonturas, gramado castigado pela chuva e até gandulas dão tom dramático para vitória do Tricolor sobre a LDU, em Quito, que classificou o clube no Grupo 6
O Grêmio saiu ileso da altitude de Quito. Não que esteja inteiro. Não está. Os jogadores se recuperam de uma partida bastante intensa feita em condição adversas. Mas o 3 a 2 do placar, nos 2,8 mil metros acima do nível do mar, foi resultado de um esforço do grupo tricolor, que foi até o seu limite no campo do Estádio Casa Blanca. Bobô, por exemplo, sentia tonturas no gramado. Além de superar a altitude e a LDU, também tinha como rivais os gandulas, que eram jogadores das categorias de base do time equatoriano.
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A preparação gremista deu resultado, embora a LDU tenha pressionado o time rival em campo. Os seis dias de treinamentos em Quito deram condições de os jogadores suportarem a altitude. Mas é impossível não sentí-la. O centroavante Bobô, por exemplo, afirmou que jogou com dor de cabeça e que por vezes ficava tonto em campo.
- No final? Senti o jogo inteiro. Dor de cabeça , nos treinos e no jogo. Às vezes uma tontura. Mas valeu pelo esforço de todo mundo. É uma desvantagem, é difícil. A gente sabia que seria difícil. Podemos falar que ganhamos da altitude e do time deles, prejudicou bastante - disse o autor do segundo gol.
- No final? Senti o jogo inteiro. Dor de cabeça , nos treinos e no jogo. Às vezes uma tontura. Mas valeu pelo esforço de todo mundo. É uma desvantagem, é difícil. A gente sabia que seria difícil. Podemos falar que ganhamos da altitude e do time deles, prejudicou bastante - disse o autor do segundo gol.
Jogadores cumprimentam torcida (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)A altitude obrigou o Grêmio a fazer um jogo de exceção. Roger sempre pede dedicação dos atletas, claro. Mas nesta quarta-feira, era preciso dobrá-la. Sabia-se que LDU iria aproveitar as facilidades trazidas pelo ar rarefeito para os rivais. Por isso, Luan e Giuliano foram vistos dentro da área do Tricolor em diversos momentos. O primeiro, inclusive, se enrolou com o zagueiro Fred em dado momento para afastar a bola de perto da meta de Marcelo Grohe.
Outro rival externo aos jogadores da LDU foi o gramado. Os gremistas apontaram que as condições do campo estavam ruins. Antes do jogo, choveu muito. Cerca de 40 minutos antes da bola rolar, funcionários do Casa Blanca estavam no campo com rodos, estacas e até uma pá tentando diminuir as poças. A água que caía do céu diminuiu o ritmo e ajudou. Mas o gramado terminou todo embarrado e ainda tinha acúmulo de água durante a partida.
- Nosso jogo é coletivo, trabalhamos diariamente. Mostramos nosso jogo. Se o campo estivesse mais seco, poderíamos ter jogado mais ainda - disse o meia Douglas.
Chuva alagou o campo e deixou poças para o jogo (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)
Mais um fator externo às quatro linhas: os gandulas. Jogadores das categorias de base da LDU, passaram a entregar a bola com rapidez semelhante à de Bolt correndo os 100m na final olímpica. Tanto que em dado momento um deles não se furtou de entrar em campo para pegar uma bola e dar para Marcelo Grohe cobrar o escanteio.
Foram 11 mil pessoas no estádio na noite desta quarta. A partida transcorreu sem muita pressão também em campo.
Houve, também, muita conversas entre os jogadores das duas equipes. Principalmente quando o goleiro Marcelo Grohe caía no gramado. O camisa 1 sentiu um problema muscular durante a partida. Caiu pelo menos três vezes. E irritou os jogadores da LDU, que não devolveram a bola, como manda o fair play, quando Grohe chutou-a para lateral para ser atendido. Mas o clima esteve bem mais ameno do que costuma ser em partidas decisivas de Libertadores.
Ao final da partida, porém, tudo certo. Grohe atravessou quase o campo todo para trocar camiseta e gentilezas com o companheiro de posição, Alexander Domínguez. Antes, vibrara como torcedor em campo, ao balançar sua camiseta olhando fixo na direção de onde estavam os torcedores gremistas.
Houve, também, muita conversas entre os jogadores das duas equipes. Principalmente quando o goleiro Marcelo Grohe caía no gramado. O camisa 1 sentiu um problema muscular durante a partida. Caiu pelo menos três vezes. E irritou os jogadores da LDU, que não devolveram a bola, como manda o fair play, quando Grohe chutou-a para lateral para ser atendido. Mas o clima esteve bem mais ameno do que costuma ser em partidas decisivas de Libertadores.
Ao final da partida, porém, tudo certo. Grohe atravessou quase o campo todo para trocar camiseta e gentilezas com o companheiro de posição, Alexander Domínguez. Antes, vibrara como torcedor em campo, ao balançar sua camiseta olhando fixo na direção de onde estavam os torcedores gremistas.
Gandula entra em campo para repor rápido a bola (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)A vibração ao final do jogo chamou atenção. Os atletas comemoram muito a classificação antecipada para as oitavas de final da Libertadores. Soou como desabafo de que sim, tudo havia sido planejado da maneira certa e que era possível ganhar em Quito.
O Tricolor foi comandado por Pedro Geromel nas ausências de Maicon e Marcelo Oliveira. O novo capitão, não acostumado aos ritos, quase saiu antes da foto com Domínguez e os árbitros da partida.
Minutos depois da partida, os jogadores que não atuaram ou jogaram poucos minutos, caso de Lincoln, subiram do vestiário para o campo para fazer uma atividade física no gramado. Assim, o último treino em Quito, nesta quinta, foi cancelado. O Grêmio inicia o retorno no final da tarde e irá chegar em Porto Alegre na manhã de sexta-feira. A volta aos treinos ocorre no sábado.
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