Moradores das ilhas de Porto Alegre dizem que PMs agem com truculência.
Brigada Militar pede que denúncias sejam feitas e diz que vai investigar.
Moradores das ilhas de Porto Alegre estão reclamando da abordagem de policiais militares em ações na região. Segundo eles, alguns PMs agem com truculência e essa atitude tem virado rotina no local.
Na terça-feira (12), um grupo de moradores bloqueou a BR-290 por mais de duas horas em protestos aos supostos abusos dos policiais. Os manifestantes afirmam que duas pessoas presas na região são inocentes. E que, há vários dias, PMs estão fazendo abordagens de maneira agressiva com moradores do local.
Uma moradora gravou uma das abordagens. Ela registrava a ação dos PMs na casa de um vizinho. Quando um dos policiais percebeu que estava sendo filmado, foi na direção dela, invadiu a sua casa e tentou tirar o celular da mão da mulher. Ela não consegue mais filmar de maneira nítida a ação, mas o aparelho consegue captar o choro da mulher durante a abordagem.
"Se tu filmar eu vou pegar essa m... e vou quebrar...Quer vir contra a polícia, então vem, mas vem quente então, senão vocês vão tomar uma ruim. É assim que funciona", diz o homem no vídeo.
Outros moradores viram a discussão e relataram que a moradora foi agredida. Eles dizem que esse tipo de abordagem virou rotina na ilha desde dezembro do ano passado.
"Deu um tapa na cara dela na frente do filho. Isso vem acontecendo desde dezembro, eles entram, não respeitam os moradores. Alegam que estão atrás de drogas, de traficantes. Mas eles vão em casa de gente trabalhadora", diz um morador, que preferiu não se identificar.
O comandante do 9º Batalhão de Policiamento da capital, Marcus Vinicius Oliveira, que responde pela área da região das ilhas, afirmou que desconhecia os vídeos, e que um procedimento deve ser aberto para apurar a conduta dos PMs.
“Eu, até o momento, não tinha conhecimento de nenhum vídeo, de nenhuma gravação. A partir de agora nós temos vamos requisitar que vocês nos encaminhem e vamos abrir um procedimento investigatório para verificar as condutas das guarnições, das pessoas envolvidas neste fato e adotar providências”, ponderou.
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