Construção de condomínio afetou escoamento da água, diz direção.
Prefeitura embargou obra e agora cobra construção de galeria de água.
Cerca de 200 alunos estão sem aulas em uma escola de Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, devido a um alagamento na segunda-feira (11). Conforme a direção da instituição, o problema ocorre há três anos. Um dos motivos é a construção de um condomínio e o fechamento das valas por onde escoava a água, como mostra reportagem do RBS Notícias (veja no vídeo).
O condomínio começou a ser construído em 2012 em frente à Escola Estadual José Quatiero. O terreno ficou um metro mais alto e a água que escorre de lá não tem vasão para escoar. E desde 2013, são registrados alagamentos na instituição. A obra foi embargada pela prefeitura, que agora ainda cobra da construtora a abertura de uma galeria para a água escoar.
O condomínio começou a ser construído em 2012 em frente à Escola Estadual José Quatiero. O terreno ficou um metro mais alto e a água que escorre de lá não tem vasão para escoar. E desde 2013, são registrados alagamentos na instituição. A obra foi embargada pela prefeitura, que agora ainda cobra da construtora a abertura de uma galeria para a água escoar.
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"Tinha uma vala bem grande ali que escoava e saia a água e fechou e os bueiros não estão dando conta de sair a água. Então dá esse transtorno para nós todo o ano", explica o secretário do Conselho de Pais e Mestres (CPM), Gilberto Bock.
Do outro lado da escola, uma sanga também transborda em dias de chuva, o que complica a situação. "Como o valo não tem para onde ir, está trancado do lado de cá e do lado de lá, quando enche a vala, entra toda a água para o pátio da escola, uma água suja com esgoto", observa a vice-diretora da escola, Joice Valim.
A água já baixou nesta quarta-feira, mas as salas de aula continuam inundadas. Devido à situação, o parquet já está soltando.
Construção de valas poderia resolver problema, diz CRE
Segundo a Coordenadoria Regional de Educação (CRE), a construção de valas poderia resolver o problema, mas a escola fica perto de três áreas de preservação, por isso, precisa das licenças de três órgãos ambientais diferentes. A limpeza dos bueiros, por exemplo, começou na terça-feira (12) à tarde, após dois meses do pedido.
A água já baixou nesta quarta-feira, mas as salas de aula continuam inundadas. Devido à situação, o parquet já está soltando.
Construção de valas poderia resolver problema, diz CRE
Segundo a Coordenadoria Regional de Educação (CRE), a construção de valas poderia resolver o problema, mas a escola fica perto de três áreas de preservação, por isso, precisa das licenças de três órgãos ambientais diferentes. A limpeza dos bueiros, por exemplo, começou na terça-feira (12) à tarde, após dois meses do pedido.
"A Secretaria de Meio Ambiente não autoriza a abertura dos valos e sem os valos não tem como escoar essa água", observa o coordenador regional de educação do Litoral Norte, Gil Jose Davoglio.
Para o secretário de Administração e Atendimento Torres, Matheus Junges, a limpeza das valas já resolveria o problema. "Nossa crítica, inclusive, em parte é a demora da liberação das licenças ambientais."
O Ministério Público abriu dois inquéritos para apurar os alagamentos e danos causados a escola. Até maio, será concluída uma análise técnica para apontar soluções definitivas. Há três semanas, a responsável pela obra enviou um novo estudo de impacto na região que está sendo avaliado pela prefeitura de Torres.
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