quinta-feira, 14 de abril de 2016

JOL (Torres / RS): Três dias após alagamento, escola segue sem aulas em Torres, no RS

13/04/2016 21h44 - Atualizado em 13/04/2016 21h44

Construção de condomínio afetou escoamento da água, diz direção.

Prefeitura embargou obra e agora cobra construção de galeria de água.

Do G1 RS
Cerca de 200 alunos estão sem aulas em uma escola de Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, devido a um alagamento na segunda-feira (11). Conforme a direção da instituição, o problema ocorre há três anos. Um dos motivos é a construção de um condomínio e o fechamento das valas por onde escoava a água, como mostra reportagem do RBS Notícias (veja no vídeo).

O condomínio começou a ser construído em 2012 em frente à Escola Estadual José Quatiero. O terreno ficou um metro mais alto e a água que escorre de lá não tem vasão para escoar. E desde 2013, são registrados alagamentos na instituição. A obra foi embargada pela prefeitura, que agora ainda cobra da construtora a abertura de uma galeria para a água escoar.
"Tinha uma vala bem grande ali que escoava e saia a água e fechou e os bueiros não estão dando conta de sair a água. Então dá esse transtorno para nós todo o ano", explica o secretário do Conselho de Pais e Mestres (CPM), Gilberto Bock.
Do outro lado da escola, uma sanga também transborda em dias de chuva, o que complica a situação. "Como o valo não tem para onde ir, está trancado do lado de cá e do lado de lá, quando enche a vala, entra toda a água para o pátio da escola, uma água suja com esgoto", observa a vice-diretora da escola, Joice Valim.

A água já baixou nesta quarta-feira, mas as salas de aula continuam inundadas. Devido à situação, o parquet já está soltando.

Construção de valas poderia resolver problema, diz CRE
Segundo a Coordenadoria Regional de Educação (CRE), a construção de valas poderia resolver o problema, mas a escola fica perto de três áreas de preservação, por isso, precisa das licenças de três órgãos ambientais diferentes. A limpeza dos bueiros, por exemplo, começou na terça-feira (12) à tarde, após dois meses do pedido.
"A Secretaria de Meio Ambiente não autoriza a abertura dos valos e sem os valos não tem como escoar essa água", observa o coordenador regional de educação do Litoral Norte, Gil Jose Davoglio.
Para o secretário de Administração e Atendimento Torres, Matheus Junges, a limpeza das valas já resolveria o problema. "Nossa crítica, inclusive, em parte é a demora da liberação das licenças ambientais."
O Ministério Público abriu dois inquéritos para apurar os alagamentos e danos causados a escola. Até maio, será concluída uma análise técnica para apontar soluções definitivas. Há três semanas, a responsável pela obra enviou um novo estudo de impacto na região que está sendo avaliado pela prefeitura de Torres.

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